20081205

Aqui jaz alguém que fala.

Até não mais.

20081012

Flááá!

Pequena do meu coração! Mais uma vez nosso encontro mia! oaheaiouehoiae. Não pude ir de manhã no Alves por conta de uns negócios aê... ¬¬ Tinha a esperaça de encontra-la a tarde, mas vi que nem foi possível. E que raios acontece com seu celular? Acho que foi a bateria, hein...

Ouvir a tua voz naquela quinta feira foi tão bom. Tinha acabado de sair uma sessão de chorar as mágoas com o café. Quando vi o Erick pensei "nossa, ele!", quando ele me deu o celular e vi seu nome ali no visor pensei "eeeeela! \o/". Sim, precimos conversar muito, mesmo. E o mais rápido possível. Vale o que for, teleconferencia, msn e qualquer buteco sujo por ai.

Espero te ver muito em breve.

Com muita saudade,
Giovane.

20081003

Gioo!

Obs: Oi amigo!!
Vamos conversar?
Que tal sairmos?

Ir à um cinema, um restaurante, uma lanchonete... Um barzinho sujo da Paulista?
Quem sabe a gente se fala por teleconferência, msn, orkut... E que tal telefone?
Ou um barzinho sujo aqui perto, mesmo?

Estou com saudades, faz dias, semanas, meses... Um tempão que a gente não se vê.
Gostaria de me contar as novidades?
Sabe, eu não tenho tido tempo pra falar muita coisa, mas quem sabe eu possa ficar à te ouvir.. Não parece legal?

Bom... Quem sabe a gente se vê por aí, não é?!
Dia 11 tem apresentação do Guri, à propósito, vão ler um texto que eu escrevi (aposto que eu não vou gostar dele, masss..). Lá no Alves, a gente pode se ver lá, se você quiser ir...

Até mais, amigo!

Beauty

É, faz tempo que eu não apareço né?!
Pois então, muita coisa me aconteceu, muito da minha vida mudou (por incrível que pareça, nesse curto período de tempo) e cá estou eu aqui, tentando me dar um tempo daquele ócio (criativo?) que tanto tinha antes, mas eu te juro, é difííícil. Do mesmo tempo que tanto parada, tanto produtiva e, enfim, cansada...
Mais descarregos e fofoquinhasda minha vida, não perca, somente hoje, no http://www.flavidavivaviscera.blogspot.com!!! Tãn dan dããããããnnn
(:


-
Um poeminha de março desse ano:

A beleza não segue regras. A beleza é bela por ser desregrada.
A beleza é bela por ser poema.
Bela por ser poetisa.

Por ser fumaça, cheiro, côr, brilho.
A beleza é triste, profunda, irreal.
A beleza é você hoje, ela amanhã.
A beleza se muta.
E não por ser mutante deixa de ser bela.

A beleza é nua, crua, ardente.
A beleza é sangue, vento, sílaba e ponto e vírgula.

A beleza é bela aos olhos de quem vê.
À pele de quem tateia.
Ao coração de quem a sente.

-
Näkemiin

20080914

Cada um despejado em seu lugar.

Pessoas não são capazes de colocar seus sentimentos para fora. Isso é fato. Na verdade, colocam. Mas de formas diferentes e em lugares diferentes. Cada pessoa tem uma forma diferente de colocar pra fora, de colocar os sentimentos em seus lugares.

Existem pessoas que colocam seus sentimentos em travesseiros. Passam o dia com eles na cabeça, com as lágrimas nos olhos e com aquele frio em sua barriga. Ao chegar em casa, o primeiro passo é colocar aquela música, depois apenas se jogar na cama. Jogar-se entre travesseiros, lençol e cobertores. Sentir apenas o cheiro limpo da roupa de cama recém trocada, do travesseiro que acabara de passar o dia todo ao sol. Aí, choramos, colocamos para fora. Depositamos nossas lágrimas naquela linda colcha bordada e com detalhes, que agora passa a estar borrada e com marcas d'água. Ali ficam os sentimentos, entre a limpa e cheirosa roupa de cama, acompanhada pela música do momento.

Alguns depositam suas sentimentalidades em copos. Copos de café, copos de cerveja, copos de puro uísque. Uns preferem apenas um copo de dry martini, para ver a vida com uma azeitona pela frente, e a momentânea tranquilidade a lhe invadir a alma. Os que colocam os sentimentos em copo de café, são os mais sentimentais. Gostam de um copo grande e forte em noites frias e com clima chuvoso, para depois sairem andando, normalmente pela Avenida Paulista, olhando os grandes prédios, as luzes que ficam ao céu e sentir o vento gelado no rosto. A hora do vento é a "grande hora", é quando a torrente entra, invade, derruba. Seus olhos passam a não aguentar, e então, suaves e contadas lágrimas escapam, sendo logo enxugadas. Os que preferem os copos de cerveja não se importam com o bar. Qualquer um é o melhor, se tiver uma sinuca, passa a ser perfeito. Garrafas e garrafas, apenas o gosto amargo descendo-lhe a garganta e deixando-o mais aliviado. Os sentimentos ficam ali, à mesa, ou nas tacadas em bolas de bilhar. Essas pessoas não choram, deixam que as garrafas chorem por elas, ou que as gotas caídas ou desperdiçadas tornem-se suas lágrimas. Considero o copo de puro uísque um modo peculiar e pensativo de se despejar os sentimentos. Forte, marcante. Se eles choram? Isso depende muito, existem aqueles que se deixam levar, e outros ficam como o uísque, forte, marcante. Mais uma vez, o alivio momentâneo tem o domínio.

Aqueles que colocam sentimentos em folhas de papel, em minha opinião, são os mais 'engraçados'. Tudo o que sente é depositado ali de forma diferente, lúdica, maioral. Imortal. É comum nas pessoas que deixam seus sentimentos em folhas de papel (ou em arquivos do computador) o acompanhamento de algum copo, eles são fundamentais e inspiradores. Os que optam por essa saída deixam tudo que escrevem um pouco embaçado, de forma que só ele entenda 100% o que está escrito, e ainda assim, tem fé de que aquele alguém entenda que tudo o que ali está é direcionado para ela. Complicado, mas não impossível. O alívio nesses casos chega como ambulância, berrando, cortando o trânsito e salvando de forma heróica e bonita. Mais uma noite vencida, o sono é a recompensa.

Uns deixam sentimentos ao ar. Falam sozinhos, entre árvores do parque, anotações do escritório, panelas e utensílios da cozinha. Ou até mesmo falam o que sentem para quem o sentimento é destinado, mas em códigos, com a tola esperança do entendimento primordial e de declarações inesperadas. O alívio desse caso é o mais falso possível. Por mais que você tenha colocado pra fora, você não colocou. O nada absorveu.

Há também os que têm um depósito de sentimentos na cabeça. Esses pensam, enlouquecem, e colocam tudo no seu depósito. Acho que nesse caso não há alívio. Se há, ele dura milésimos de segundo. Creio que são essas pessoas que vão parar nos hospícios com camisas de força amarradas de forma grosseira e estúpida. Quando chegam a esse estágio passam a ver a vida se passar por uma janela, e são criadas e cuidadas por anjos. Anjos que usam branco, e estão ali por amor, por que estudaram anos, e por que querem te salvar.

No fim das contas, em todos os casos, os sentimentos acabam por ficar presos. Mas na prisão da segurança, para que eles não causem nenhum estrago ou acabem por provocar o caos. Em algumas vezes a prisão é a melhor saída, para não se machucar, para não demolir toda a construção, para não sangrar e ficar com marcas.
Em alguns momentos, acho que prefiro sangrar de emoções a viver sem cicatrizes, porém, nunca consigo.

20080829

Remédio certo.

Estou dominado por algo forte. Algo que não sei o que é na verdade. Estou me embaralhando, pensando o que pode ser. Isso não está claro para mim. Han, se não está para a pessoa que está dominada por essa coisa, então imagine para você. Há uns três dias cheguei a conclusão que posso chamar essa coisa de "bola de ar presa em minha barriga querendo sair pelo umbigo". Está mais claro?
É extremamente desagradável conviver com a "bola de ar presa em minha barriga querendo sair pelo umbigo". Eu tenho acordado com ela, passado o dia com ela, dormido com ela. Não posso dizer que tenho sonhado com ela, pois os sonhos fugiram da minha cabeça, não os tenho há um tempo. É difícil não sonhar, então, fortaleço essa maldita bola sonhando acordado. Sabe, sem deitar, dormir. Sonho em pé, acordado. Foi a saída que encontrei. Machuca estar com a bola, ela te desconcentra, deixa você fora de si. Faz você vagar ao invés de andar, não deixa você trabalhar direto, você não pode correr para pegar o ônibus, pois ela grita com um forte soco no lado esquerdo do corpo, logo abaixo da costela. Quando se tem uma bola dessa na barriga, não se pode sentir fome, tampouco, comer demais. As reações do corpo se unem com essa, que, admito agora, foi criada por um sentinmento meu, preso aqui dentro.
Nesses últimos dias de convivio com a bola, tive um choque. Um choque a favoreceu, e a fez crescer dentro de mim, me derrubando mais, e quase me deixando louco. Mas esse tempo foi pouco, o que veio a favorece-la, na verdade, veio para ameniza-la.
Filosozofar com amigos de verdade é sempre bom. Falar sobre seus problemas, e os deles, também é muito bom. Compartilhar é bom. Falar com alguém que você considera, ou gosta muito, sempre te ajuda a abaixar a poeira de seus problemas, mesmo se você não fala deles. A pessoa ao seu lado consegue driblá-lo.
Até agora não sei se fui claro. Não importa. O que estou sentindo está claro dentro de mim. Não 100%, concordo. Nunca, ninguém, vai estar 100% claro para si mesmo. Hoje, logo quando acordei, me deram um remédio, um fortíssimo remédio, que fez com a tal "bola de ar presa na minha barriga querendo sair pelo umbigo" perdesse muita força. O remédio foi esse:

"E, quem é você? Seu rosto me parece familiar. Reconheço esses olhos exaustos, querendo gritar o mais alto possível, por mais que isso seja inútil. Através deles, enxergo sua alma pálida, escondendo de si a paleta de cores.
Aí retomo a pergunta - quem é você? E ele fica mudo. Não se importa com o que digo ou faço. Comtempla o vazio. O vazio da dúvida, que, por vezes, o acalma. Indicadores se encontram, mas sem sentido.
De seus pensamentos (sim, e consigo vê-los) retiro uma peça dum quebra-cabeça que logo se joga contra a parede do local, à espera das outras tantas que, por enquanto, não alcanço.
O local pára. Uma luz se acende. E, agora de costas para ele, fico feliz em tê-lo reconhecido. Quem sabe o verei mais vezes, e complete o restante do passatempo, que continha a seguinte frase:
"Já sendo imortal, se jogue. Não caia."
É incrível como um elevador social vira um lugar de reflexão. E menos vinte elos."

Então, sem saber, me joguei. E fui pego. Mas ainda tenho destroços dentro de mim, pois me deixei cair por dentro, sem ninguém para me segurar, e só me dei conta disso agora. É realmente satisfatório quando você ajuda alguém, e mais ainda quando a ajuda doada também lhe faz bem. Aquela velha história da corrente do bem, sabe? Posso dizer que hoje saí um pouco mais do poço. Só a parte da batata da perna para baixo está lá. Será o sol que está por vir?
Tomei um bom remédio hoje, que me ajudou muito. Sim, ainda tenho uma "bola de ar dentro de minha barriga querendo sair pelo umbigo", mas ela está mais fraca. E está condenada a enfraquecer mais e mais, até desaparecer.

Fui claro?

20080827

Sentimentalidade vaga e sensação.

{{{ As vezes precisamos da ajudar de alguém. Agora tomei coragem :) Achava que não tava bom, mas já que gostaram, ta ai. Valeu, Cah!}}}

Sentimento de Angústia: Me falaram que é como um poço cheio de lodo, e com água até a sua cabeça. Para respirar, você precisa pular, mas não consegue escalar, pois as paredes estão escoregadias. Você tem que esperar o sol nascer, o lodo secar, e escalar. Acontece que quem faz o sol aparecer é você.
Também me perguntaram se vale a pena ficar angustiado. Vale. Por mais incrível que isso possa parecer. Como disse, tenho medo de colocar tudo a perder, mais vale ficar angustiado do que colocar a perder isso tudo, que é tão magnífico para mim.
Acontece que você não ajuda.Você pode ser um pouco mais claro? Para o seu bem, e para o meu, peloamordedeus.

Sensação de Nunca Mais Querer Ver Você: Seria essa a solução? Excluir você da minha vida, nunca mais te ver e pronto, tudo passou. Já quebrei a cabeça pensando nisso, mas a cada vez que estou com você, que passo horas rindo em tua companhia isso desaparece. É impossível te deixar. Queria nunca mais poder olhar na sua cara, queria poder esquecer você. Não posso, fato.
Imagine se isso acontecer. Um dia, com certeza, vou procurar você, algo mal resolvido estará preso dentro de mim.

20080824

Ouça-me

Nenhuma pessoa é uma ilha em que nada é descoberto. Roube a noite e viaje comigo. Me leve nessa descoberta. Ouça meus chamados.

Belive

Passei o tempo todo aqui, vendo o que eu preciso, o que me faz sofrer. Agora pensei em você, que novidade. Já é hora de você enfrentar o que você está escondendo de você mesmo. Você cria defesas, fala o que na verdade não acha.

Saiba que você não precisa fazer isso sozinho, eu estou aqui para te ajudar, e você sabe disso. Basta você acreditar. As estrelas passarão a brilhar mais forte, aquela lua que sempre reparamos ficará mais bonita. Eu acredito em você, creia. Me tire dessa angústia. Me liberte. É só você acreditar. Pare de fugir, por favor.

20080822

A grande verdade é que eu morro de medo de tudo isso.

20080816

Dream

Hoje me falaram de sonhos. Engraçado, não? Quase toda noite tenho vontade de chorar, mas seguro minhas lágrimas o quanto posso. Um dia, jurei a mim mesmo que nunca mais iria chorar, espero que isso não ocorra. Foi um sonho pensar que tudo havia acabado, voado para longe. Os fatos não afastam minhas vontades. Se é que são fatos. Sonhei com você na última noite. Foi bom. Provei do momento que eu mais quero que ocorra. No meu sonho, você chega, fala um pouco comigo, e me beija. Me beija, hum, um sonho. Surpreso, mas feliz com sua atitude, depois de sua saída ligo desesperadamente para minha amiga para contar o fim de meu sofrimento e de minha angústia. Mas tudo não passa de um sonho, um fruto do meu subconsciente. Você não veio, o sofrimento ainda não teve fim. Estava a pouco pensando sobre minhas atitudes, não vou me manifestar. Vou amar, vou chorar (será?), vou sofrer, me desesperar, mas em silêncio. Até a hora que isso tudo passar, ou se concretizar.
Queria que tudo acontecesse da melhor forma para todos, já cansei de fantasiar, de te imaginar ao meu lado. A avenida cheia de árvores e flores passa a ficar embaçada na minha visão. Vejo você vindo em minha direção. Deve ser um sonho, isso não é possível. Melhor voltar ao mundo real, encarar as coisas como elas são, e de frente.
Então, em meu sonho, desperto para a realidade.

20080814

Bloqueio criativo - Parte II

Tudo me parece mais triste, uma caixinha de fósforos me parece cada vez mais confortável e segura, eu quero a minha mãe, e necessito de todo e qualquer elogio que alguém (ou todos) possam me direcionar.

Auto-confiança, valor, segurança, todos tiraram férias, e sobrou toda eu aqui, sozinha, medrosa e pequena...

Parte I de um tal de Bloqueio Criativo, que na verdade é emocional, mas só isso me pareceu tão gay, que resolvi renomeá-lo, tábom? - http://www.flavidavivaviscera.blogspot.com/



Näkemiin

20080813

Pensamento por ai de última hora.

Agora vá. Voe para bem longe. Foi bom enquanto a sua tortura me fez pensar e evoluir. Agora, enfim, acabou. Voe de volta para o céu, de onde você veio, como um anjo que a Terra me deu.

20080812

Repet, now.

Então, eu (acho que) encontrei um motivo para continuar “na boa”. Agora vou ser mais aplicado, vou tentar ver o outro lado, mais uma vez vou falar com as paredes, comigo mesmo. Vou tentar falar com minha alma, isso se ela ainda está aqui. Por todos esses dias estive vazio. Completamente. Existia um vácuo dentro de mim, só o frio me dominava, e os barulhos das gotas de chuva caindo na minha janela e no teto da minha casa. Aquilo me consumia. Estava vazio, e frio. Não existia Giovane, corpo ou alma. Para aqueles me julgavam ser vazio, oco ou frio, agora estavam certos, pois era assim que eu estava.

As noites mal dormidas eram minhas companheiras, não fazia questão do sono ou do alimento, estava num verdadeiro alpha. Mas no meio desse alpha todo acho que encontrei mais razões para seguir em frente, na verdade, sempre temos, mas nessas horas precisamos de mais. Sempre queremos mais, principalmente motivos para seguir com essa vida sem rumo e confusa. Eu não quero seu amor, sua compaixão (não?!), na verdade, cheguei a tal ponto que já não sei mais de porra nenhuma. Eu só não sei quem eu devo ser com você.

De tanto pensar e procurar, me deparei com mais trilhares de motivos para me preocupar. Isso me drena, me alivia. Preciso me centrar em algo, me peocupar, nem que seja preciso me descabelar. Assim pelo menos, não acupo minha cabeça com aquelas coisas que vão aos poucos acabando comigo. “Preciso de dinheiro”, “as contas”, “o limite do cartão”, “fazer pedido de tal coisa”, “preciso ir mercado”, “preciso de você”. Não, definitivamente isso não pode fazer parte. Mas ainda com tudo isso eu preciso crescer. Perdi-me, e encontrei salvação ou abrigo nos braços do carinho ou do amor? Not.

20080806

Secret

Já está na hora de eu te falar. Vou te contar um segredo. Um segredo, que espero eu, que você, de certa forma já saiba. Na verdade, eu não sou quem você pensa. No começo eu era, agora não sou mais. Eu sou o garoto do seus sonhos, disfarçado de melhor amigo.


(ok, ok. Bem ruim. Mas foi isso que saiu da minha cabeça)

20080801

Vamos

O que estamos fazendo agora? O que vamos fazer agora? Você me olha com uma cara de quem não sabe de nada, não minta. Vamos, entre no carro, abaixe o vidro e deixe o vento bater em nosso rostos. Vamos, dirija. Vamos para longe, acelere o quanto você puder. Me vejo agora ao seu lado, vejo isso tudo.O quanto você me faz um bem e um mal ao mesmo tempo, de uma forma tão mista e confusa que eu não consigo sentir mais nada, e perco a noção de tudo. Vamos, dirija mais rápido. Pela primeira vez eu choro. Acho que mudei de idéia. Vamos para o espaço, para um lugar que seja mais longe de tudo. Vamos juntos, assim nos tornaremos estrelas. Vamos juntos. E como as estrelas, nós queimaremos.

É você

É você, eu sei que é. Tudo isso.
Todas essas borboletas em meu estômago, o sorriso bobo que me abre, os finais das suas frases, o começo das minhas. Todas as palavras dos meus olhos, tudo o que eu tenho à dizer, todo o meu medo, toda a minha segurança.

O ranger dos meus dentes, minha voz solta (inconscientemente), meu divagar da mente, meu aconchego, meu corta-lágrimas (apesar de causar muitas delas), minha passagem de ida pra fora daqui (e que seja por um bom tempo), meu arrepio, meu prazer, minha satisfação, minha pele, meu peito, meu carinho, meu orgasmo...

O riscar do papel, o suor do meu corpo, todos os dias da minha vida!

Tudo isso grita você, como micronadjas dançando e cantando aqui dentro de mim, em toda parte, até no meu respirar. E é por isso que eu digo: É você, é você que eu sempre quis e nem sabia, e nem esperava.

Tudo isso, toda eu... Você.


Feliz próximos 5 meses!
(Caramba Gio! Quantas postagens (: Eu li, e gostaria que não tivesse te dado aquele 'bolo'... Desculpa!)
((Mas ainda sim foram ótimos textos...))

20080731

Cai o pano.

Toda história que se passa comigo já foi contada. Já me atolei na esperança, já sofri. Já passei, e ainda passo, horas a pensar em você. Mas eu quis jogar o jogo, e agora estou pagando o preço. Toda a cena já foi atuada, os atores já vão, e levam junto meu coração. O espetáculo acabou. Cai o pano. Antes aconteça assim, pelo menos, tenho a tola esperança de não mais pensar nisso tudo. Agora acho que já não mais há tristeza nas páginas de meu livro. Estou cansado, mas isso não me livra da responsabilidade de cuidas das almas que salvei, daquelas que salvo e daquelas que luto para salvar. Ainda tenho que conviver.

Já contei meu conto. Os lírios já secaram. Me perdi no meu próprio mundo, na minha própria mente. Agora me tornei jardineiro, e cuido de jardins de flores mortas. Minhas frases já não são mais válidas. Já é hora de deixar a velha caneta de lado, e tirar as palavras do papel.

20080730

Mostre-me

Te falo sobre a luz que há lá fora, do sol que se fez ontem. Te falo do vento forte, das árvores a ser mexerem. Você não fala nada.

Chego a conclusão que tudo isso foi um mal entendido. Seria um acidente? Sim, um acindente. Mas não esse tipo que você pensa. Esses, em que se tocam sirenes, que carros aceleram desesperadamente e furam o trânsito. Tudo foi indo da “melhor meneira possível”. Se quer percebemos que no fim das contas estávamos caindo aos pedaços, necessitando assim de um socorro, daqueles, em que se tocam sirenes e em que carros aceleram desesperadamente furando o trânsito.

Nessas horas buscamos explicações. Então, explica-me. Como você nunca sentiu? Como nunca percebeu? Não se faça de delicada, inocente. Essa sua face me irrita. Pois essa sua face não existe. É como uma atriz, que encarna um novo ser, uma nova pessoa, entra em cena e vive uma coisa que não é. Me diga se ainda há dúvidas de que é inútil ter fé ou esperança nisso tudo. Isso faz algum sentido?

Me ataque ou tente me demolir. Diga que nada disso contou, que foi uma coisa vaga. Ainda mais porque, daqui, alguém sairá perdendo. Não há como voltar atrás. Você brinca e eu prego peças. Dentre tantas meninas e meninas, a escolhida é você, e não há como fugir dessa sentença. Como um jogo de pegar palitos, se lembra? Mas esse é jogado por malditos lunáticos.

Olhando nossa foto agora, me sinto tão ‘eu’ como nunca me senti. Tudo agora faz parte do passado. Será? Queria que você me mostrasse onde há amor. Me mostre o amor, até que você abra a porta. Até eu levante do chão. Até que eu grite por mais. Me mostre o amor, e me dê tudo o que eu quero.

20080729

Palhaços

Você me vê?

Todas essas lágrimas no ar, quem pode dizer onde elas vão cair? Por florestas flutuantes no ar? Através do mar impetuoso? Mando um beijo e ando pelo ar, deixo o passado e acho lugar nenhum. Florestas flutuantes no ar... palhaços em torno de você. Palhaços estão aqui para fazer você saber. Onde, de fato, você deixou de lado a razão. Palhaços em torno de você... É a cruz que eu tenho que carregar.

Todo esse negro é um cruel desespero, isto é uma emergência. Não esconda seus olhos de mim, os abra agora, e olhe para mim. Isso é uma ordem.

Você consegue me ver agora? Você consegue? Me olhe, estou flutuando, flutuando, flutuando. Me veja aqui no ar, sem me segurar em nada. Me mantendo firme, então, esteja ciente que eu tenho segredos que não compartilho. Me veja aqui te desejando. Se depois eu me negar, aceite.

Toda essa escuridão é crueldade justa. Te peço mais uma vez para que não esconda seus olhos de mim. Consegue me ver agora? Espero que sim.

20080728

Bolso do Sobretudo.

Durante todo o dia fugi de mim mesmo e de meus pensamentos que te perceguiam. Acordei um pouco depois da manhã, abri o guarda-roupa e estiquei o braço ao fundo. Peguei aquele velho sobretudo, que comprei naquela viagem que fiz no inverno de dois anos atrás. Estava meio empoeirado, mas nada como umas boas batidinhas no ar. As particulas do pó pairando sobre o ar, e a luz do sol contra as mesmas, faz-me assimilar isso tudo a mim e meus pensamentos. Estão por ai, soltos. Pairando. Contra a luz. No ar, para quem quiser. Sem compromisso ou alguma coisa a ver com o que há. Bate contra a luz, e voa por ai. Meus pensamentos soltos, que me fizeram ficar parado por muito tempo, e só me dei conta agora. Pensamentos que de certa forma me complicaram contra minha pessoa. Fiquei parado. Estava esperando algo. O que? Não sei.

Saí à rua olhando tudo a minha volta, como sempre faço. Os sons, as cores, os ruídos, as pessoas, todos aqueles rostos que passam pelo meu olhar. Tudo se fundiu. Mais uma vez os pensamentos que antes de me perceguirem, te perceguem. O mais engraçado é que eu possa estar em qualquer lugar, por entre todos esses rostos, começo a procurar o seu. A cada rua, quadra, avenida, esquina. A cada passo. Por mais que eu saiba que isso não acontecerá, ainda carrego a tola e insignificante esperança.

Vou andando mais rápido, tenho pressa. Chegar atrasado mais uma vez acabaria comigo. Perco mais um compromisso. Ajeito mais uma vez o sobretudo que comprei no inverno de dois anos atrás. Eu era mais magro do que sou hoje. "A dois anos atrás". Meu passado. Queria poder fugir dele. Ele também corre atrás de mim. E ele, com certeza, está vindo, e chegando cada vez mais perto, querendo me apunhalar e acabar comigo. E nem está se importando se eu acertei ou não com minhas atitudes. Ele está por vir. E não está nem ai.

Ando mais um pouco. Mais rostos. A procura continua. O fracasso também. Muitas pessoas parecem não entender meu ponto de vista. Acham que eu erro sempre, em todas as atitudes. Acham que eu devo colocar tudo a perder por meras palavras, que podem derrubar o que ainda está sendo construído. Elas não entendem o que sinto. Nessa horas me sinto um maníaco psicopata. Sabe, aqueles pessoas que fazem coisas que ninguém entende? E que em muitos momentos são repudiadas, abandonadas? As vezes me acham louco por pensar em você, na sua presença. Não me importa os que não me entendem. Arrumo o sobretudo do inverno de dois anos atrás e faço um ar de "pomposo", como quem relamente não se importa, ou não quer saber. Tudo o que preciso saber é que você, querendo ou não, é uma pessoa que me ajuda, e me torna melhor. Tudo o que eu preciso saber é que você está do meu lado quando tudo isso vem a tona. Mas, infelizmente, não está quando você me vem a tona. O sobretudo aperta mais uma vez.

Arrumo mais uma vez aquele sobretudo, já meio batido, afinal, é de dois invernos atrás. Ele está colado no corpo como nunca esteve. Sinto que todos ao meu redor me olham de maneira estranha, não sei explicar. Entro naquela cafeteria, peço um café grande, bem forte e com aroma de vanilla. Isso consegue me acalmar em qualquer hora. Sento a mesa e choro. Choro por não mais saber o que fazer e por estar confuso. Odeio não ter minhas idéias no lugar. Choro por quere fugir de tudo isso. Por querer fugir dos meus pensamentos desgraçados e do passado. Sinto uma dor no abdome, o sobretudo me aperta.

Saindo, arrumo mais uma vez o sobretudo, já estava começando a me irritar. Coloco a mão no bolso. Quando olho o bolso, lá está ele. Meu passado. Ele me achou.

20080727

Título?

Outro dia estava eu, com uma amiga, pensando sobre a vida. Chegamos a conclusão de que o perfeito é uma coisa de dar medo, que no fundo não somos prontos para o perfeito, e nem o queremos. Sempre sonhamos com algo assim, 'perfeito', mas quando achamos entramos em parafuso, precisamos achar algum tipo de defeito, e se não conseguimos, passamos apenas a ter medo. História confusa, não? Então vamos do começo.

Quando você surgiu em minha vida, você não passava de mais uma pessoa, cheguei a ter aqueles pensamentos, mas você me surpreendeu. Vi a pessoa boa que você é, vi o tão quanto 'do bem' você é. Até ai tudo bem, pessei a te ter em meu coração como uma amizade incondicional, sem limetes, e com aquele amor de cuidado, querendo te proteger, te ajudar e te entender. Mas acho que você é algo que eu jamais entenderei.

Acontece que nos últimos tempos, percebi que toda aquela imagem que eu tenho de você cresceu mais e mais, e tudo só se confirmou. Vi que você é mais especial do que eu pensava. E agora esse sentimento incondicional de amizade está confuso na minha cabeça.

Pensei muito sobre, acho que não vale a pena arriscar tudo. Então, decidi cuidar de você, mas acho que você não precisa de cuidados, e que toda aquela imagem de pessoa retraida e quase sem vida que eu tinha de você, foi pelo ralo, pois na verdade, ela não existe. Mas todo aquele amor incondicional que eu tenho, ainda existe, e meu maior medo é mesmo, ele está confuso, e não sei se toda essa amizade por mim você sente de forma múltua. Tenho medo, e se nascer uma borboleta entre seus cabelos?* Não quero uma borboleta, independente de sua cor.

Como acho que já disse, desencanei. E passo a ter minhas dúvidas de se realmente não quero nenhuma borboleta. Mas ainda não estava pronto. Ver aquela cena e todo o acontecimento em si, realmente me deixou pensativo (e meio acabado). Por diversos motivos. Pelo sentimento em confusão, pela situação, por você, e por pensar que esse tipo de coisa não acontece comigo. Não acontece? na verdade sim, acontece. Mas acontece no mundo da fantasia que eu criei na minha vida e me deixei entrar, e fiz todos acreditarem nesse mundo. Agora esse mundo entra em conflito comigo mesmo, pelo motivo dele não existir e eu querer morrer com isso.

Enfim, chega. Prefiro agora ficar pensando e, meio que, ficar me matirizando, ficar sofrendo. Sofrendo pelo sentimento em confusão, e pelo maldito mundo que eu criei, e que agora cai na minha cabeça. E que não venha a nascer nenhuma borboleta na minha cabeça, ou entre meus cabelos.



*Para entender a coisa com borboletas, leia "Uma história de borboletas", de Caio Fernando Abreu. Garanto que vale a pena.

20080724

Fotografia empoeirada

Vivi tanto tempo numa fotografia escura, jogada no canto da gaveta... Empoeirada, manchada, virada de costas para a luz.
Tanto tempo estática, tanto tempo contemplando o sorriso mais falso, o cabelo mais arrumado, que esqueci...
Esqueci-me de quais são as cores da vida, quais são as cores dos teus olhos, tão lindos olhos que tanto me alegravam.
Esqueci-me das multifacetas do cristal, do cheiro das flores, do arder do sol.
Esqueci-me do tato, do carinho, do arrepiar.
Da calmante sensação que é o entardecer, do alívio e prazer que é sentir o sereno na madrugada.
Do beijo na testa, dedos entrelaçados, café da manhã na cama.
Esqueci-me de tudo e todos, por ter sido esquecida, lá, no canto escuro da gaveta, com um sorriso bobo, virado de costas para a luz.(...)

Vivi tanto tempo na fotografia que me esqueci do que é vida.
Gostaria de lembrar.



-
Não sei mais onde pôr parágrafos!

Enfim... Isso é um tanto antigo. Não têm acontecido muitas coisas legais de se escrever sobre. Desculpe.

20080620

Ai! Mas que merda...

Dentre tantas outras coisas para escrever, mais uma vez acabo nesse bicho que se chama ser humano. É incrível como nunca sabemos até que ponto os outros querem chegar. Você fica confuso, sem reação, sem saber, relamente, o que fazer. Ou o que tentar.
Agora estou aqui, me remoendo de raiva. chorando pelo leite que nem foi derramado (Oi?!). Mas enfim, tava no fogo de postar hoje.
Preciso aprender a tomar certas atitudes e ligar o "foda-se". Chega de fazer merda, né, Giovane?

(E essa fucki'n "greve" de professores? Na minha escola greve é luxo! u.ú)



Um beijo.
; )

20080615

Let's go

Ah, minha primeira postagem. Depois de um bom tempo com um convite pendente, um dia senti a necessidade de escrever. Simplesmente escrever. Sobre algo que me incomodava, ou sei lá, só queria escrever. Mas segundo o próprio servidor “Ah, não! O convite expirou!”. Oh, mas que bela merda.

Mas enfim, agora estou aqui, sou um dos legatos. E nem rolou um ritual de iniciação, hehehe.

Ontem sofri uma espécie de decepção. Engraçado como as coisas acontecem, mal conhecia a pessoa, mas de certa forma, você acaba criando uma expectativa, uma imagem. A primeira impressão a garota nem me pareceu tudo aquilo, mas em poucas palavras você se encanta, se prende. Até ai, tudo lindo e perfeito. Mas o problema aparece e é determinante: você. Você não agrada a pessoa, ela esperava outra coisa de você. Ok, ok, sei que isso ocorre todos os dias, e é super normal, mas ontem foi diferente, uma coisa meio que sem explicação. Já me falaram trilhões de vezes para eu não criar esperanças nas pessoas, se não, vou me foder sempre. Sim, isto é fato. Acho que ainda vou me foder muito por ai, em conta deste bicho chamado “gente”. Não que eu crie expectativa com a primeira fulaninha que aparece na minha frente, de forma alguma. Acontece que uma hora você cansa de toda aquela coisa sem valor, sem sentimento. Você cansa de todo aquele “u-hum!”. Você quer alguém pra se apegar, pra ficar um tempo. Às vezes até alguém que não pegue na sua bunda e não queira trepar com você em um cinema ou em qualquer lugar, na primeira vez que te encontra.

Curtir a vida de forma ‘intensa’ é uma maravilha. Será que me aventurei demais para minha idade, e agora quero um tempo dessa vida? Por favor, não pense que minha vida um sofá que tem uma pessoa deitada nele a cada cinco minutos. Não, não.

Agora resolvi me engatilhar de vez na busca por alguém pra mim. Buscar alguém para realmente amar. Sabe, não sei o que é amar a um bom tempo. Não quero alguém para pedir a mão, ou casar, simplesmente quero alguém. Para um dia de não ter nada o que fazer, ir até a padaria e tomar café com pão de queijo. Quero alguém do meu lado. Pronto. Era isso que eu estava querendo dizer. Alguém do meu lado por um tempo. Podem ficar tranqüilos, não vou virar um louco alienado em busca de alguém... aiuoehaieouheauio!

Enfim, pensei em escrever mais sobre o assunto. Mas pode ficar cansativo, se é que já não está.

Primeira postagem feita. Pensei em escrever umas críticas e opiniões minha, mas fica pra próxima, hoje quis dizer isso, que de certa forma, ainda está preso na minha garganta.

Até a próxima.

20080614

Informação Manipulada

Esse vídeo me fez lembrar de realidades como "V de Vingança", "1984" e "Laranja Mecânica". Me fez submergir nas ditaduras e aprisionamentos de opiniões, imagem e qualquer tipo de comunicação. Como se o Brasil fosse regido por homens como os de Geroge Orwell, James McTeigue e Anthony Burgess.

Por menor e resumido (e um tanto manipulado) que seja o vídeo, senti-me sem saída, aprisionada, ovelha ignorante... Espero que cause algo do tipo à quem vê-lo aqui..

(Os créditos vão para o Luan, pois peguei esse vídeo dos favoritos do orkut dele. Ç: )

Anyway, adiós! [:

20080604

Flavias Espelhadas

Engraçado olhar para esse blog e o blog para a Agência Comunitária de Notícias.
Parecem tão opostos que não parecem mesmo de uma única pessoa.
À começar pelo visual, que há logo um choque de cores, do extremo preto ao extremo branco. De algo clean para algo ofensivo. Do simples ao confuso.
Como reflexos de um espelho.
Como dois mundos divididos pelo vidro, mas ainda sim juntos pela mesma pessoa.

Isso me faz indagar se sou mesmo assim, duas coisas completamente antagônicas, o sim por um lado e o não pelo outro, o preto e o branco... Ou será que sou tudo isso? Tanto o sim quanto o não: o talvez, tanto o preto quanto o branco: o cinza, ou todas as cores...

Eu poderia (contrariando a mim mesma) simplesmente mudar as cores deles e resolveria toda essa dúvida facilmente, mas quem disse que quero?
Os problemas são sempre tão mais legais do que as soluções que até acho graça!

20080507

Essa é a última, e ficarei com a consciência limpa por não ter dado atenção às minhas palavras por todo esse tempo que fiquei sem postar.


(Algumas postagens foram sugadas para uma dimensão paralela, talvez para o meio dos peitos da Nanna, lá cabem muitas coisas. Eu as apaguei por motivos fúteis.)


3 postagens em um único dia, e e ainda não consigo me catalogar e 'profilizar' no blog do Aprendiz.


É, tô fazendo curso no Aprendiz, quem diria. Teste de paciência, é o que eu diria. Um convívio complicadíssimo, onde todos têm o que falar, e alguém tem de escolher o que é relevante ou não para ser ouvido, à partir de critérios que nem Químico-Físico-Quântico bacharelado e nascido pra mudar o mundo explicaria.


Mas eu me satisfaço, afinal, tenho muitos outros lugares para ser ouvida. Minha opinião não é vã. Senão, não a teria. Teria nascido muda, e, se pudesse escolher, surda.

Imagina se fosse obrigada a ouvir às besteira que ouço sem nem poder reinvidicar, gritar e xingar em alto e bom tom -o sarcástico, muito obrigada- o que e quem me incomodar?!


E não é pouco, além disso, ainda me preocupo em fazê-los felizes.

É! Você, que está à me ler agora, o bendito Dimenstein, a tal da 'gordinha roquêra' que sofre tanto preconceito, coitadinha, a minha paciente namorada que, apesar de não exigir muito, eu ainda me esforço loucamente para agradar, mamãe, papai, irmã e vovó! Olha só mas que beleza.


Sabe, certas vezes sou tão afobada em me fazer entender, ser ouvida, mudar opiniões, melhorar o mundo e dar comida pro cachorro, que me esqueço do valor do silêncio.


E aqui eu nunca o apreciei...

E não sou única, alguém já teve o prazer de ouvir ao silêncio à frente de uma tela de computador?

Pois é. Talvez por apenas ter a consciência de que o silêncio aqui existe e faz diferença, apreciemo(s)-lo da próxima vez que passar por nós.


Pois então eu me recluso por aqui. No aconchego do silêncio. Não daqui, no silêncio da minha tagalerice, das minhas idéias, dos vizinhos, do sinal do colégio e da buzina do ônibus. Espero que sonhe com pássaros à cantar, ou quem sabe com a sinfonia n.9 de Beethoven. (que, à propósito, era surdo, mas não mudo.)

101 coisas que já fiz

3. Já raspei os cabelos;
33. Por mais traumático e do capeta que tenha sido, já beijei à três;
34. Já elogiei algum desconhecido;
46. De certa forma, já pratiquei S&M, mas essa ainda está para ser realizada da forma que quis dizer;
58. Não me frustrei quando algo não atingiu às minhas expectativas;


Ps.: Bem que eu gostaria de adicionar alguns outros itens à lista. Mas isso é um caso à parte.
(:

Abelhas cor-de-rosa

Há uma explicação científica para o "Lesbianismo"? (Lesbianismo é uma palavra tão feia, eu prefiro Homossexualismo, mas vou deixá-la para fazer alguém que nem existe nesse mundo internéctico feliz.)

Uma distorção de valores, um 'defeito' em alguma parte do cérebro, uma deficiência de algum filamento, nervo ou o que quer que seja no cérebro.
Garotas que nascem no corpo de homens, homens que nascem dentro de corpos femininos, mentes masculinizadas/feminilizadas, influência da mídia, destino, escolha, modismo, belzebu infernizando dentro do corpo de um coitado... Existem teorias à dar com pau (hê hê, pegou o duplo sentido, hum, hum?!), mas, em qual você acredita?

Há alguns dias atrás me lembrei de algumas curiosidades sobre a atração entre os sexos opostos, e o que acontece com eles - instintivamente.
Dentre todas, tem uma em especial que diz que um sexo é atraído pelo aroma do Feromônio que o outro exala. Cada um tem um cheiro específico, e, não se preocupe, você nunca vai feder por causa dele, e ele só é perceptível no 'inconsciente' das pessoas (até então, só nos das pessoas do sexo oposto, mas eis que surge o homossexualismo pra complicar)... As pessoas que produzem mais feromônio são as mais, digamos, atrativas. As que produzem menos são aquelas frustradas que, provavelmente, se tornarão líderes de seitas religiosas.

E se, o Lesbianismo (homossexualismo) não for nada disso, nada 'quebrado', nada predestinado, nada do "Lado negro (ou rosa) da força"?
E se o Lesbianismo (homossexualismo!) for uma reação química que geralmente é causado somente entre sexos opostos, e, por uma ligeira mudança de 'padrões' (o que, no caso, faz com que não sejam mais padrões) acontece conosco? E se nós nos atraímos pelo "nosso próprio" Feromônio?

Não somos doentes, não somos deficientes, não somos condenados por deus nem pelo belzebu. Somos diferentes.
Abelhas que procuram - e encontram - o néctar na nossa pópria colméia, ao invés de sair à caça deles nas flores alheias...

20080409

Tornando-se apaixonada.

Engraçado quando estamos apaixonados, nos tornamos tudo o que não éramos, ou tudo o que evitávamos ser.
Não era de chamar ninguém de amor, não era de falar o quanto gostava de alguém, não era de sentir ciúmes da atenção.
Não era de não pensar em coisas mais profundas, não era de esquecer o mundo e minhas preocupações, não era de me achar bonita mesmo com aquela puta cara de quem dormiu dentro de uma caixa de papelão.
Eu não era, e nunca fui de pensar pouco, sobre pouco.
Não era.
Agora sou.
Sou feliz. Não por isso, apesar disso.
Não gostaria que fosse, mas sou.
Apaixonada. Tudo isso.


Ps.: Tenho também notado quão vazias têm se tornado minhas postagens, quão abandonado tem se tornado esse post, e quão deprimida tnho me tornado quanto mais tempo passo em casa. Então, quem (alguém) estiver à ler isso, que me perdoe... Não que essa depressão justifique, mas dá pra dar um desconto.

20080316

Ser...

O som do semblante
sorriso mutante.

Os olhos que temem
as forças que sentem.

Braços que correm
o corpo que dorme.

A alma padece,
enquanto a mente fortalece...


-
Seguindo às regras, para variar um pouco.

Ps: Acredita que estou ainda à espera dos outros dois Legatos, que até agora não se manifestaram?!
Humpf!

20080315

In-matéria

Quem dera eu, fosse nada além de causa.
Nada além de idéia, solta no ar, presa nos lábios. Forte, estrondosa, certa e indagável.
Quem dera eu fosse persona non-viva, física forma do arder de uma paixão.
Quem dera eu fosse força, visão, e certeza.
Vaga, pelo ar. Completa, pelo sangue. Quente, pelo amor.
Quem dera eu exalasse perfume de liberdade. Brilhasse esperança, colorisse verdade.
Carne. Putrefa, vermelha, rígida, terna.
Quem dera eu, fosse Karl, Engels, Luther King, Dalai e Che.

20080308

Rosas vermelhas

Era feliz onde morava.
Nascera do broto de uma margarida. Assim como todos de lá.
A margarida, tão bela e singela. Tinha toda sua felicidade alí.
Ela era a vida. E a vida era ela.
Não tinha pai nem mãe. Não sentia falta. Nunca soube o que era.
A vida lhe era simples e complicada ao mesmo tempo, como aqui. Mas como se fosse a mais perfeita criatura, tinha todo o tempo para dedicar à essa tão contraditória vida.
Não precisava gastá-la sentindo-se ora feliz ora triste. Ora amado ora abandonado.
Não, não tinha tempo para isso. Na verdade, não sabia como sentir-se assim.
Cultivava sua bela margarida num jardinzinho simples, humilde. Mas ela não pedia mais do que isso.
Viver.
Era só o que ele devia à ela. Sua vida.
Certa vez dormiu ao seu lado. Ela era branca. E foi assim que sonhou. Branco, vazio.
Acabou por se encontrar num lugar esquisito, cheio de gente diferente, que anseiava pela aceitação e companhia de outras mais criaturas esquisitas.
E as margaridas. Oh, pobres margaridas!
Eles as mastigavam com aqueles pés sujos e sem cor, arrancavam-lhes suas pétalas, arrancavam-lhes a vida.
Não sabia o que sentir. Nunca havia sentido na vida.
Mas achava que deveria sentir algo. Não deveria apenas pensar.
Estava errado. Algo estava errado.
Voltou ao branco.
Não sabia mais o que era a vida. Suas vidas eram despedaçadas lá naquele lugar. E ninguém se importava!
Que deveria ser mais importante do que aquelas endeusadas margaridinhas?
Caminhou.
Correu, pensou.
Nada.
Nada havia, nada sentia, nada existia.
Ele. Que era ele?
Branco. Vazio. Como sua margarida.
Sem vida, como as margaridas daquele lugar sinistro.
Sentiu-se seco.
Esvaindo-se dele mesmo. Onde estava sua margarida?
Oh! Ficara tempo demais longe. Sua margarida estava se amargurando.
Sua vida, sua pobre, frágil e branca vida estava morrendo e nada ele podia fazer para tornar a alegrá-la.
Estava preso naquele branco. Branco ele era.
Nada podia fazer.
Nada podia ser.
Que fizeram aquelas terríveis criaturas?
Tiraram sua vida.
Tiraram-lhe o único sentimento que jamais aprendera a ter. A compaixão.
Porque não tinham a compaixão?
Quem era aquela gente?
Uma lágrima escorrera.
Sentira.
Sentira aquela fria, cortante, furiosa lágrima.
Uma pétala de sua branca vida caíra.
Morrera.
Não mais branco e vazio.
Morrera vermelho. Vermelho raivoso.
Vermelho perigoso.
Vermelho rosa.
Ps: Queria colocar uma foto que eu tirei de uma rosa daqui de casa, mas ela está no computador da minha mãe e não tenho a menor paciência de ir até lá para colocá-la. Esse é um desenho que fiz há teeempos.
Pps: Minha mãe falou que posso reunir todos meus Contos, que ela levará em uma gráfica para publicá-los em um livro. Mas não sei se quero.

20080223

Drogas e esfihas

Eu tinha muito à dizer.
Escrevi sobre tudo o que vivi e até sobre gente fictícia. E poderia ter continuado se não tivesse visto que 5 textos desconectos um do outro já são mais do que suficientes para um dia só...

Essas são duas dissertações que fiz em diferentes épocas, mas que se completam:

-A paixão:

A paixão é como uma esfiha de queijo do Habib's.
É uma comparação um tanto quanto frouxa, você pensa... Mas repara só:
Quando você sente aquele cheirinho da esfiha, você quer porque quer comer umas 150 esfihas. Quando você dá a primeira mordida você logo vê que era tudo marmelada, a esfiha nem tinha gosto de nada!
E quando você vê algum amigo com sua namoradinha, você acha aquilo tão maravilhoso... Sente aquela ânsia de ter um relacionamento daquele pra você.
Mas quando você o tem, não era nada daquilo que sonhou, tão insosso e problemático quanto aquela esfiha farinhenta que te enganou...

-E o amor:
Amar,é como uma droga. No começo vem a sensação de euforia, de total entrega.
Depois, no dia seguinte, você quer mais. Ainda não se viciou, mas gostou da sensação, e acha que pode mantê-la sob controle. Pensa na pessoa amada durante dois minutos e esquece por três horas. Mas aos poucos, você se acostuma com aquela pessoa, e passa a depender completamente dela. Então pensa por três horas, e esquece por dois minutos. Se ela não está perto, você experimenta as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem a droga. Neste momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, você está disposta a fazer qualquer coisa pelo amor.


ps; Pontos da lista que foram completos: 30, 31, 43 e 58.

20080207

Tediosos dias desinspirados


Minha musa inspiradora deve ter resolvido sair de ferias, pois estou completamente vazia e sem a menor determinação para concluir e/ou dar sentido a antigas ideias.
Estou usando um teclado americano, entao perdoe(m)-me pela falta de acentos e cedilhas aqui.






"Não poríamos a mão no fogo pelas nossas opiniões: não temos assim tanta certeza delas. Mas talvez nos deixemos queimar para podermos ter e mudar as nossas opiniões."
Citação de Friedrich Nietzsche

-
Desinspiração

Estar junto de alguém é ter no que pensar
ter com quem pensar
ter e não ter a cabeça cheia de coisas preocupantes

Estar junto de alguém é ter vontade de falar, falar, falar e falar
escrever, escrever, escrever e escrever
Estar junto de alguém é ter com quem falar todas as besteiras que você nunca quer falar mas sempre quis falar.

Estar junto de alguém é viver um silêncio delicioso
um sorriso confortante
uma palavra inesperada.

Estar junto de alguém é criar milhões de expectativas, e ao mesmo tempo não esperar nada.

Estar junto de alguém é perder gente que te importa demais
e esperar que não seja pra sempre.

Estar junto de alguém, mesmo que por tão pouco tempo, é se ver tentada à ficar, e ver que o melhor é sair.

Estar junto de alguém é causar inveja, mau-olhado, mentira,
aos que você nem imaginava que causaria.
é se sentir bem sem que ninguém consiga perceber sem que ninguém consiga compreender.

Estar junto de alguém é passar por provas
é ter de provar a si mesmo quem tu és e quais seus valores.
é ver seus amigos falharem nessas provas. (e ainda tê-los como amigos independente disso)

Estar junto de alguém é ver que as pessoas são egoístas (inclusive você mesmo)
é sentir raiva, compreensão, dor, tristeza, confusão, impotência.
é sentir ânsia, desespero, dúvida, incompreensão. e o pior, não por esse alguém...

Estar junto de alguém, mesmo que por três segundos
é sentir conforto, apoio, ternura.
algo que nem no dicionário existe palavra que descreva.

Estar junto de alguém é ver que só se entende quem vive o momento, pois ele é fácil esquecido
e teimosamente ignorado.

Estar junto de alguém é estar só em você mesmo
estar só junto desse alguém
é ser só, sendo dois.

Estar junto de alguém é, incrivelmente, se sentir dividida
querer ficar sozinho para sempre para não ferir ninguém
querer se ferir para ver em todos um belo, constante (e egoísta) sorriso.

É se sentir totalmente privado de certas felicidades para vê-los dessa forma.

Estar junto de alguém é se enganar.
que tudo isso seja verdade e não meras palavras repetidas muitas vezes em nossas cabeças até que pareçam verdade.

(Sinceramente, nao sei porque o chamei de Desinspiração, mas isso nao se muda, nao é mesmo?!)

20080202

"Dá-me mais um trago"

Meus amigos me inspiram... Ô se me inspiram.
Às vezes à fazer coisas ruins, às vezes prá falar, às vezes prá escrever.
Meu amigo me inspirou, eu apenas o segui prá onde ele me levava:

Fumando um cigarro de palavras,
baforando letras, esfumaçando pensamentos.
À cada tragada que dou uma idéia se solta no ar..
Livra-te, bolota seca e idiota!!
Flutua-te para fora de minha cabeça, verme!
Meus dedos latejam só de te segurar, através da piteira preta de metal sujo...
Meus olhos escurecem, fecham-se. Não hei de precisar deles para onde tu me levas.
Sinto-te te debater dentro da minha boca,agarra-te em meu gargalo (minha campainha te tocas)
até que se desfaça, e não passe de pequeninas e solitárias vogais sem som.
Meus dedos do pé formigam, meus pêlos se arrepiam.
Bato a cinza colorida que fazes no papel em branco...
Elas se soltam e dançam infantilmente por toda a limitada superfície (coisa nova),cambaleando pelas bordas,brincando com essas linhas que te matam.
Teu fogo queima docemente meus lábios, eles adormecem...
Teu gosto me consome, tuas letras me possuem.
Meus pensamentos se dissipam na fumaça que desce pelo meu nariz rasgando(-se)Até que se solte cinza e sereno feito fumaça podre.
Uma última tragada, e eu juro que esse é o último.


Estou embriagada, com fome, sono e uma louca dôr de estômago.
(nunca mais bebo cerveja)

20080130

Difícil diálogo (ou monólogo) com uma pseudo-artista:

-Oi Fla! Quê você tá fazendo?
-Escrevendo...
-Ah tá, quando você terminar me avisa?
-Uhum...

(horas depois)

-Flá, o que você tá fazendo agora?
-Desenhando...
-Ah tá, quando você terminar me avisa?
-Uhum...

(mais horas depois)

-Flá, acabou?
-aquele sim, agora tô desenhando outra coisa...
-Ah...
-Flá?
-Huuum?
-Sobre o que você tava escrevendo?
-sobre o que eu tô desenhando agora...
-Ah... Tá. Quando voc...
-Quando eu terminar eu te aviso.

(mais outras horas depois)

-Flá, desculpa estar enchendo o saco, mas...
-Nada, fique à vontade, sou um buraco negro.
-É que... Buraco Negro?
-É, que nunca tem fim, tipo um saco furado.
-Ah tá. Você já terminou de desenhar?
-Uhum.
-E o que você fazendo agora?
-Passando pro computador tudo o que escrevi.
-Ah...

(minutos depois)

-Flá, vou sair.
-Ah, pq? Agora que eu queria falar com você!
-Legal, você terminou de fazer tudo o que você tinha prá fazer que era mais importante do que eu?
-Uhum. Então, agora que você tá aqui, queria que você desse uma lida no que eu escrevi.

20080128

Uma mente que se amedronta

Ontem eu vi uma das pessoas que mais me inspira, ao vivo, côres e sons...

Ela era linda, serena, e eu podia ver através de seus olhos, mesmo que àquela distância toda, um milhão de pensamentos à rodar tão rápido, tão rápido, que fizeram sentir-me tonta e, apesar de ter tido a vontade de ficar à fitá-los por horas e mais horas, até que enfim ela adormecesse, tive de desviar os olhos logo que eles se encontraram.

Ela se aproximara, e eu podia ver as curvas de todos os seus cachos. E oh, eles eram tão angelicais!

Como no momento de êxtase de um filme de ação - eu sendo a personagem principal que não deveria abrir o pacote, mas que resolveu abrir só para ver o quão perigoso era, correndo o risco de acabar com toda a humanidade - eu voltei à procurar seus olhos... E ao encontrá-los, pude ver que, mesmo que logo abaixo havia um sorriso sincero, seus olhos eram tristes. Vazios como se olhasse para a tela de um computador e, mesmo vendo que não havia nada ali, sabía que lá corria insandecidamente um monte de informação...

Eu podia ouvi-la cantar aquela voz possante e ainda sim acolhedora ao meu lado... Ao meu lado!! Dizendo nada mais do que uma leve conversinha manjada, um daqueles papos "Oi! Que belo dia, não?! E aí, que saudades!", mas que soaram tão lindos vindos
dela.

Meus lábios tremiam para metralhá-la de elogios e assuntos que morria de vontade de discutir com
ela. Comentar sobre algo que ela escrevera, entregar-lhe tudo o que eu escrevera em toda a minha vida.

Sentia um carinho tão grande por
ela, sentia que a conhecia de tão longos anos, sem ao menos ter trocado um mero grunhido com ela... Tão logo, senti-me patética. O ser mais patético de toda a galáxia, de toda a existência. Senti-me mais patética que o ser mais patético que jamais vivera desde que se criara a vida!

Patética de nunca ter tido a coragem de falar com
ela. Patética de ver tanto, e sentir tanto por alguém que nada mais é do que outro ser insignificante aqui, como eu mesma.

Ela fora embora. como se tivesse cansado de esperar que eu parasse de vagar na escuridão que eram seus olhos...

Ela fora embora, e eu ficara alí. Patética.

20080127

Eterno Legato?

Bom, como primeira postagem do blog, me senti na obrigação de explicar o porquê desse estranho nome.
Talvez não lhe seja tão relevante, talvez não lhe seja tão estranho e eu é quem estou viajando na maionese, mas eis que o está, 'para não dizer que não falei das flôres'...

Para os familiarizados com a música e suas "estúpidas" teorias, já se sabe que o Legato é um desenho que se faz acima de determinadas notas, que simboliza o 'prolongar' do seu seu som. Para sopristas é um tanto quanto difícil quando muito longo, já que se deve fazê-lo usando a tal da (por mim temida e almejada) respiração circular, enquanto para os de corda basta fazer um único movimento contínuo com o arco...

Aí você me pergunta: E que diabos isso tem à ver com esse seu malditozinho blog?
E eu colo-lhe na testa como um Zap! num truco disputado: Se o Legato na música consiste em ligar as notas successivas, de modo que não haja nenhum silêncio entre elas, então o Legato na fala consiste em expressar-se sem pausa.
Falar o quanto nos convir, do modo que nos convir, sem que haja qualquer tipo de interrupção ou barreira. Seja nenhum impedimento de falar palavrão, fazer piadinha, xingar a diretora do colégio, contar o quanto nossa mãe é gorda ou relatar alguma falcatrua de algum poder hierárquico não-desejado que por acaso chegar aos nossos ouvidos e dedos afiados.

Eis que estamos, eternos Legato, e nós não nos calaremos!