Meus amigos me inspiram... Ô se me inspiram.
Às vezes à fazer coisas ruins, às vezes prá falar, às vezes prá escrever.
Meu amigo me inspirou, eu apenas o segui prá onde ele me levava:
Fumando um cigarro de palavras,
baforando letras, esfumaçando pensamentos.
À cada tragada que dou uma idéia se solta no ar..
Livra-te, bolota seca e idiota!!
Flutua-te para fora de minha cabeça, verme!
Meus dedos latejam só de te segurar, através da piteira preta de metal sujo...
Meus olhos escurecem, fecham-se. Não hei de precisar deles para onde tu me levas.
Sinto-te te debater dentro da minha boca,agarra-te em meu gargalo (minha campainha te tocas)
até que se desfaça, e não passe de pequeninas e solitárias vogais sem som.
Meus dedos do pé formigam, meus pêlos se arrepiam.
Bato a cinza colorida que fazes no papel em branco...
Elas se soltam e dançam infantilmente por toda a limitada superfície (coisa nova),cambaleando pelas bordas,brincando com essas linhas que te matam.
Teu fogo queima docemente meus lábios, eles adormecem...
Teu gosto me consome, tuas letras me possuem.
Meus pensamentos se dissipam na fumaça que desce pelo meu nariz rasgando(-se)Até que se solte cinza e sereno feito fumaça podre.
Uma última tragada, e eu juro que esse é o último.
Estou embriagada, com fome, sono e uma louca dôr de estômago.
(nunca mais bebo cerveja)